RIO GRANDE DO SUL E OS RESÍDUOS DEPOIS DA CATÁSTROFE
Antes de ingressarmos no tema, será preciso que todos nós venhamos criar uma corrente positiva para os irmãos gaúchos, que “pós finalizar a guerra” lá ocorrida neste mês de maio, possam encontrar forças para reconstruírem o “NOVO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL”.
Nenhum brasileiro comum, por mais cético ou precavido que fosse poderia imaginar as cenas dramáticas que estamos vendo diariamente em todas as mídias, pudessem ocorrer em tamanha magnitude. Agora a mídia lembram as enchentes ocorridas em 1941, que provavelmente, não tiveram para os demais brasileiros o mesmo impacto de agora.
Abrindo uma janela ao nosso comentário, pois este é um problema de todos nós, física, humanitária e financeiramente, com o olhar de técnico do setor quando vejo as imagens das guerras bélicas da Ucrânia e de Gaza, (sem esquecer de outras), preocupa-me além das inúmeras mortes e pessoas feridas o volume de entulhos da construção civil, e demais tipos de resíduos, que se apresentam e passam por nós técnicos, como serão dispostos adequadamente aqueles rejeitos e resíduos.
No ultimo grande Tsunami ocorrido no Japão, o governo federal, assumiu o controle, e elaborou um grande plano emergencial, pois uma das áreas afetadas foi uma Usina de Energia Nuclear. O trabalho lá desenvolvido pelos engenheiros, técnicos e operários foi fantástico, e em 6 meses estavam organizados e com programas em pleno andamento. – O que me impressionou foi a forma de classificação e separação dos resíduos.
Lá como cá, tinham falta de locais para a disposição adequada dos resíduos e rejeitos, porém a forma de intervenção e organização dos japoneses, em 2 anos conseguiram que tudo voltasse à normalidade na região; mesmo com resíduos perigosos.
Agora aqui no Rio Grande do Sul, o problema está em todo o estado, isto em torno de 90% dos municípios, e portanto as dimensões da área total aqui envolvida é muitíssima maior do que no Japão.
Neste momento, dia 15 maio, as águas ainda não abaixaram, e portanto não se tem ainda uma real dimensão do volume de resíduos e rejeitos que serão contabilizados. Felizmente as noticias recebidas das condições operacionais dos aterros sanitários são tranquilizadoras nos aspectos de inundações, pois normalmente os projetos de engenharia destes empreendimentos atendem as Normas Técnicas Brasileiras, que preveem distanciamentos seguros de corpos d´agua.
O meio ambiente está comprometido, pois haverão inúmeros tipos de problemas a serem solucionados, resíduos de todas as origens , móveis e utensílios domésticos, restos de construção civil, madeiras etc. Entretanto é muito importante nesta hora de desespero e emergência, que a triagem e separação dos resíduos seja efetivada com conhecimentos técnicos, para que se evite problemas de incêndios futuros nos aterros sanitários, provocados pela mistura de materiais combustíveis e comburentes.
Além destes e principalmente precisam estar atentos nos problemas de saúde que poderão advir de inúmeros animais mortos, e outros.
Assim meus caros colegas, na minha opinião o Ministério do Meio Ambiente e Clima, já deveria estar em campo, estabelecendo os primeiro planos, juntamente com a Secretária Estadual de Meio Ambiente, iniciando um planejamento para orientarem as Prefeituras Municipais de como deverão conduzirem e enfrentarem os próximos passos.
Em desastres anteriores os problemas eram regionais; agora é em todo estado, e sem duvida tenho certeza que se não houver um plano integrado, os problemas se alongarão.
Entendo que este planejamento, tem que passar por análise individualizada em cada município para que haja uma “autorização estadual” para a criação imediata de áreas de RESERVAÇÃO TEMPORÁRIA, para o acomodamento dos resíduos secos. Provavelmente os RSU e outros foram arrastados pelas correntezas das águas , porém tão logo restabelecida a normalidade no município, após a triagem. seguirem em sua destinação adequada.
Nós do Instituto Valoriza Resíduos by ablp , mesmo de longe, colocamo-nos à disposição das autoridades, visando ajudar o povo gaúcho, motivando a todos em campanhas humanitárias.
FORÇA POVO GAÚCHO.
JOÃO GIANESI NETTO
Diretor Presidente do Instituto Valoriza Resíduos by ablp